By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: RPC – Imagem: Rpc
A Justiça suspendeu a ordem de reintegração de posse da área conhecida
como Alecrim, em Pinhão, na região central do Paraná, reocupada por
cerca de mil pessoas ligadas a um movimento de posseiros desde o dia 14
de dezembro de 2017.
O local pertencente a uma madeireira foi alvo de uma ação de
reintegração no dia 1º de dezembro do ano passado, que resultou na retirada de famílias residentes há décadas na área e na demolição de casas, posto de saúde e uma igreja.
A ação gerou protesto por parte do Movimento dos Trabalhadores Rurais
Sem Terra (MST), do Movimento de Posseiros (MP) e dos quilombolas em
rodovias da região central do Paraná, que chegaram a ficar parcialmente bloqueadas por uma semana.
Após o fim dos protestos, as famílias retornaram à área, que foi novamente reivindicada pelo proprietário judicialmente.
O juízo de Pinhão, em decisão publicada no dia 10 de fevereiro, acatou as alegações do Ministério Público do Paraná (MP-PR).
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Segundo a promotoria, a retirada forçada de populações vulneráveis
socialmente, inclusive crianças, adolescentes e idosos, deve ser
precedida de transferência para outro local de moradia, sob pena de
serem feridos direitos e garantias fundamentais.
A Justiça determinou a suspensão da reintegração de posse até decisão
posterior, assim como a realização de uma audiência de conciliação entre
os envolvidos no dia 18 de abril.
De acordo com Miguel Zattar Filho, diretor das Indústrias João José
Zattar, proprietária da área, a decisão será cumprida. Porém, segundo
ele, isso não resolve o processo.
"O processo continua e a solução definitiva para a questão fundiária é
relativamente simples, uma vez que concordamos e já ofertamos uma
quantidade muito grande de imóveis na região", explica.
Zattar Filho diz ainda que falta o Incra e outros órgãos envolvidos darem sequência nos processos de aquisição dos imóveis.
Aquisição da área
Conforme a promotoria, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária (Incra) demonstrou interesse na aquisição das áreas para fins de
reforma agrária e instaurou procedimentos administrativos para isso.
No dia 20 de fevereiro, o Grupo de Trabalho da Reforma Agrária do
Estado do Paraná deverá se reunir para avaliar a situação da área e
também para discutir soluções de outros conflitos fundiários da região. O
grupo, criado pelo Incra, é integrado, entre outros órgãos, pelo MP-PR.
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