By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: BANDA B – Imagem: Agência Senado
O procurador regional da República
Maurício Gotardo Gerum, que vai defender o aumento da pena de Lula durante
julgamento no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, afirmou nesta
quinta-feira, 18, por meio de nota, que não “vê razões para formalizar” pedido
de prisão contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Responsável pela
sustentação oral em julgamento de recurso da defesa do petista contra a pena de
9 anos e 6 meses no caso triplex, entende que Lula cometeu três crimes em vez
de um, como sentenciou o juiz federal Sérgio Moro.
“O procurador regional da República
Mauricio Gotardo Gerum não formalizou, e não vê razões para formalizar,
qualquer pedido em relação à prisão cautelar do ex-presidente”, afirma a
Procuradoria Regional da República da 4ª Região.
Para Gerum, “em caso de condenação
dos réus da referida ação penal, qualquer medida relativa ao cumprimento de
pena seguirá o normal andamento da execução penal, não havendo razões para
precipitá-la”.
O ex-presidente será julgado no dia
24, pelo TRF-4. Ele apela da sentença de Moro, que o condenou por corrupção
passiva e lavagem de dinheiro. O magistrado da Lava Jato entendeu que o triplex
no condomínio Solaris, no Guarujá, e suas respectivas reformas custeadas pela
OAS, foram formas de pagamento de propinas de R$ 2,2 milhões ao ex-presidente.
Os recursos de Lula e de outros
seis réus do processo do triplex serão julgados pelo desembargadores da 8.ª
Turma da Corte federal – João Pedro Gebran Neto, Victor Laus e Leandro Paulsen
Para a Procuradoria da República da
4ª Região, Lula cometeu um crime de corrupção para cada contrato entre a OAS e
a Petrobras. O juiz Sérgio Moro considerou que o ex-presidente cometeu um
delito neste enquadramento.
Gerum ainda vai sustentar que há
“nexo causal” entre a assinatura dos contratos e o recebimento de propina por
Lula.
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