segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Professores não precisam se curvar para o imperador no Japão?



By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: E-FARSA Imagem: Divulgação


Texto que circula pelas redes sociais afirma que o professor é o único profissional no Japão que não precisa se curvar para o imperador. Será verdade isso?
O assunto não é novo. Apareceu na web em 2010, mas voltou a ser compartilhado no Facebook em outubro de 2013, em decorrência da comemoração do Dia do Professor (dia 15 desse mês).
De acordo com o texto, esse profissional do ensino seria o único que não precisa se curvar perante o soberano do Japão, pois “em uma terra onde não há professores, não pode haver imperadores!”.
Será que isso é verdade?
Verdadeiro ou falso?
O texto é bem bacana, mas é falso! O professor, assim como qualquer outro profissional lá no Japão, se sente na obrigação de reverenciar (como um sinal de respeito) seu imperador.
No blog Meu Olhar Pelo Caminho, a psicóloga brasileira Fabiana (que mora há anos em Nagoya – Japão) conta que essa história não passa de um dos muitos boatos da web.
Fabiana conta em seu blog que conversou com algumas japonesas (em 2012) e “elas disseram que realmente o respeito do imperador com o professor é muito grande, porém, todas as pessoas se curvam para o imperador, independente da profissão. O imperador é o soberano, não teria como alguém chegar perto dele sem se curvar, principalmente o professor (os outros morreriam de vergonha)”.
A psicóloga também explica que, por respeito do imperador com o professor, pode ser que ele também faça uma leve reverência, “o que seria uma grande honra”, diz ela.
O assunto também é desmistificado por uma série de sites e blogs especializados na cultura japonesa. O blog Japão25 reforça que essa história de professores não se curvarem para imperadores é farsa!
Segundo o artigo do Japão25, o professor é, sim, um cargo de muito respeito no Japão e os japoneses dão bastante valor à educação, mas a veneração que eles têm pelo imperador é tanta que fica evidente que ninguém que more lá possa se dar ao luxo (ou ao desrespeito) de não cumprimentar o soberano , por mais importante que seja o professor – diz o artigo -, pois – na cultura daquele povo – nada é mais importante que o imperador.
Obrigação em público
O povo não é obrigado a se curvar diante do imperador (quando esse está há metros de distância, em um discurso, por exemplo). E são poucas as chances de um professor ficar próximo do soberano (possivelmente, se for condecorado com alguma medalha ou for receber algum prêmio do governo). Se isso ocorrer, a reverência é espontânea e mostra, como já dissemos mais acima, um sinal de respeito.
Conclusão
No Japão, os professores também se curvam perante o imperador e não veem nada de errado nisso!

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