sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Vereadores presos em Foz guardavam armas, reais e dólares em suas casas



By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: TRIBUNA POPULAR Imagem: Tribuna Popular


Durante a coletiva na sede da Polícia Federal na manhã desta quinta-feira, 15 de dezembro de 2016, delegados e procuradores da República explicaram em detalhes como funcionava o esquema para que o prefeito afastado, Reni Pereira, garantisse a ampla maioria na Câmara de Vereadores e, assim, pudesse aprovar os projetos de seu interesse para manter esquemas de corrupção com as empreiteiras identificadas como participantes na Operação Pecúlio.
Além de celulares, computadores e documento, a equipe da Polícia Federal também apreendeu na casa dos vereadores armas e dinheiro. O procurador Alexandre Halfen da Porciúncola não revelou os nomes dos vereadores, no entanto, informou que na casa de um vereador foi apreendido R$ 50 mil, em outra R$ 20 mil e numa terceira US$ 14 mil.
A operação deflagrada nesta manhã faz parte da 5ª fase da Operação Pecúlio, e foi denominada de Nipoti, em referência a nepotismo. O principal objetivo foi desarticular um grupo de pessoas que praticavam irregularidades na Prefeitura e na Câmara com a intenção de obter vantagens pessoas.
A operação começou ao amanhecer do dia. Foram utilizados aproximadamente 150 policiais, que cumpriram 78 mandados judiciais, dentre os quais 20 de prisão preventiva e oito de prisão temporária, 11 de condução coercitiva e 39 de busca e apreensão em residências e locais de trabalho. Além de Foz do Iguaçu, os mandados foram cumpridos em Cascavel, Curitiba, Colombo, Maringá, Pato Branco, Recife e Brasília.
As ordens judiciais foram expedidas pela 3ª Vara da Justiça Federal de Foz do Iguaçu (PR), fundamentadas em diversos indícios e informações colhidas em colaborações premiadas obtidas ao longo das investigações e fases da Operação Pecúlio, em um trabalho conjunto da Polícia Federal com o Ministério Público Federal.
Segundo Porciúncola, a investigação para apurar o nepotismo e o mensalinho, vinha ocorrendo paralelamente com a Operação Pecúlio. "Nós já detectamos no final da primeira fase da Operação Pecúlio sérios indícios de que vereadores eram beneficiados com repasse mensal de valores. Ou seja, além de cargos comissionados na prefeitura e empregos em empresas terceirizadas, havia o repasse de R$ 10 mil reais para alguns vereadores", afirmou.
"Outros vereadores eram aquinhoados com R$ 5 mil e mais uma diretoria ou cargo na prefeitura. Tudo isso para que houvesse apoio político ao grupo que estava na prefeitura e para que alguns vereadores de oposição fizessem o que chamamos de 'oposição mitigada', uma oposição não muito aguerrida contra o governo”, acrescentou o procurador.
Agora, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal ouvirão os depoimentos dos presos. É certo que uma parte dos vereadores recebia “mensalinho” e cargos tanto na Prefeitura, quanto em empresas terceirizadas. Outros, apenas mantinham cargos. Para esses, as penas serão mais leves, de acordo com o que informou a PF.
O delegado Fabio Tamuri disse que as investigações irão prosseguir e não estão descartadas novas prisões, já que os celulares e documentos apreendidos podem indicar o envolvimento de outras pessoas. 
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