segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Cunha envia carta a parlamentares para tentar se salvar de cassação



By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: PARANÁ PORTAL Imagem: Divulgação

Em carta enviada nesta quarta-feira (31) a deputados, o ex-presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pede que não seja julgado pelos crimes apontados em processos no Supremo Tribunal Federal (STF). A estratégia é a mesma da defesa de Dilma Rousseff, que pediu aos senadores que não lhe julgassem pelo “conjunto da obra”, mas apenas pelas pedaladas fiscais.
Afastado do mandato pelo STF, Cunha expõe na carta a estratégia para tentar evitar a sua cassação no próximo dia 12 de setembro, quando o plenário da Câmara irá analisar se ele quebrou o decoro parlamentar.
Outra das iniciativas do peemedebista é a criação de um site com argumentos. Ele pede que prestem atenção em seus argumentos de defesa e os levem em consideração na hora de votar.
O próprio Cunha redigiu a carta, que foi enviada a todos os parlamentares, exceto aqueles que são frontalmente oposicionistas. Apesar disso, o documento foi entregue por assessores, sem a assinatura do deputado.
Entre parlamentares que receberam a carta, mas que questionaram a postura de Cunha, está a deputada paranaense Christiane Yared (PR). Ela escreveu uma carta resposta a Cunha. “Afirmar que é alvo de perseguição política e da mídia não convence. É o mesmo discurso dirigido a tantos outros que foram seus opositores”, criticou. “Ah, da próxima vez assina a carta! Se ela não fosse entregue por seus assessores poderíamos pensar que era uma brincadeira”, ironizou a paranaense. Yared votou a favor do impeachment de Dilma, mas deve “mudar de lado” e votar agora contra Cunha.
Leia na íntegra a Carta de Eduardo Cunha
Cassação
A representação contra Eduardo Cunha foi apresentada em outubro do ano passado pelo PSOL e Rede. Depois de um longo processo no Conselho de Ética, que só votou a ação em 14 de junho deste ano, a representação ainda passou por mais uma fase que foi o recurso apresentado pela defesa de Cunha à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Antes mesmo que o colegiado tivesse uma data para deliberar sobre o caso, o peemedebista decidiu renunciar à presidência da Câmara, no dia 7 de julho, contrariando declarações anteriores de que não abriria mão da vaga. 
MATÉRIAS RELACIOANDAS:
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