quarta-feira, 22 de junho de 2016

Jair Bolsonaro vira réu em duas ações no STF



By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: BAND Imagem: Antonio Cruz

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal tornou réu o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) nesta terça-feira (21) ao aceitar duas ações penais contra o parlamentar por apologia ao estupro e por injúria.
A Corte analisou uma denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) e uma queixa-crime da deputada Maria do Rosário (PT-RS).
O caso diz respeito à declarações de Bolsonaro feitas em 2014 - em plenário e em entrevista a um jornal - de que não estupraria Maria do Rosário porque "ela não merecia".
Votaram a favor da abertura da ação o ministro relator, Luiz Fux, além de Rosa Weber, Edson Fachin e Luís Roberto Barroso. Apenas Marco Aurélio Mello se pronunciou contra, argumentando que Bolsonaro está protegido pela imunidade parlamentar.
Segundo a rádio BandNews FM, o deputado disse que não vai pedir desculpas à petista antes que ela peça primeiro, porque ele reagiu após ser chamado de estuprador.
Incivilidade, grosseria e depreciação do outro 
Relator dos processos, o ministro Luiz Fux entendeu que a manifestação de Bolsonaro teve potencial de incitar homens a prática de crimes conta as mulheres em geral. No entendimento do ministro, o emprego do termo “merece” pelo deputado, confere ao crime de estupro “um prêmio, favor ou uma benesse”, que dependem da vontade do homem.
“Cuida-se de expressão que não apenas menospreza a dignidade da mulher, como atribui às vítimas o merecimento dos sofrimentos. Percebe-se na postura externada pelo acusado desprezo quanto às graves consequências para a construção da subjetividade feminina, decorrente do estupro e aos desdobramentos dramáticos desta profunda violência”, disse Fux.
O voto do Fux foi seguido pelos ministros Edson Fachin e Rosa Weber. Luís Roberto Barroso acrescentou que a imunidade parlamentar não permite a violação dignidade das pessoas.
“Ninguém deve achar que a incivilidade, a grosseria e a depreciação do outro são formas naturais de viver a vida. O instituto da imunidade parlamentar é muitíssimo importante. Porém, não acho que ninguém possa se escudar na imunidade material parlamentar para chamar alguém de ‘negro safado’, para chamar alguém de 'gay pervertido', disse o ministro.
Defesa
A defesa de Bolsonaro alegou durante o julgamento que o parlamentar não incitou a prática do estupro, mas apenas reagiu a ofensas proferidas pela deputada contra as Forças Armadas durante uma cerimônia em homenagem aos direitos humanos.




OS COMENTÁRIOS NÃO SÃO DE RESPONSABILIDADES DO INTERVALO DA NOTICIAS. OS COMENTÁRIOS IRÃO PARA ANALISE E SÓ SERÃO PUBLICADOS SE TIVEREM OS NOMES COMPLETOS.
FOTOS PODERÃO SER USADAS MEDIANTE AUTORIZAÇÃO OU CITAR A FONTE

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.