quarta-feira, 18 de maio de 2016

Criança de dois anos está em coma após ser espancada pela mãe e padrasto



By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: ES HOJE Imagem: Laureen Bessa (ES Hoje)

Após sofrerem diversas agressões físicas e maus tratos, dois irmãos gêmeos, de dois anos, foram parar no Hospital Infantil de Vitória. No entanto, uma das crianças está em estado grave, em coma. De acordo com a Polícia Civil (PCES), os responsáveis pelos abusos são a mãe e o padrasto dos meninos. Os dois foram presos na tarde e noite desta quarta-feira (11).
Segundo os policiais, a mãe foi encontrada pelos policiais no hospital, onde a criança está internada. Já o parceiro, na casa deles, localizado no município de Vila Velha. A outra criança já recebeu alta e está recebendo cuidados da avó materna.
O titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Lorenzo Pazolini, contou que a polícia só tomou ciência da situação nesta segunda (9), quando a equipe do hospital informou sobre as condições de saúde dos irmãos. Um deles, chegou a unidade com o braço esquerdo quebrado, com diversos hematomas e escoriações pelo corpo. Já o outro, chegou desacordado, também com vários machucados.
“A própria mãe das crianças os levaram para o hospital, mas somente depois que o menino com a situação mais grave desmaiou e não acordou mais, com medo de estar morto, ela procurou ajuda. Mas sem esperar receber informações sobre a condição deles, a mulher foi embora os deixando para trás. O Conselho Tutelar foi acionado e eles conseguiram entrar em contato com a avó materna dos meninos, que os procurou de imediato no hospital. De acordo com o laudo do DML (Departamento Médico Legal), um menino estava com o braço quebrado em dois locais há pelo menos três a cinco dias. Já o outro, estava desnutrido, com hemorragias internas extensas, edema cerebral, múltiplos traumas, abdominal, torácica e craniana, o deixando em coma. Além disso, há indícios de que ele tenha sofrido violência sexual”, declarou Pazolini.
O pai das crianças que mora no Rio Janeiro, já está em Vitória acompanhando o quadro de saúde dos filhos. Em depoimento, a mãe revelou a polícia que conheceu o parceiro – um pedreiro, de 28 anos – através de uma grupo de Whatsapp e que depois de três semanas, eles começaram a morar juntos, em uma chácara, localizada na zona rural de Vila Velha. O casal reside neste local há seis meses.
A versão inicial utilizada pelo casal era que a criança tinha caído de um degrau alto da casa, mas ao ser verificado pela perícia da PCES, o degrau citado tem de 12 a 15 cm de altura, o que tira por completo tal explicação fornecida pelos acusados. Contudo, na delegacia, cada um apresentou uma nova versão para o fato, jogando a culpa um para o outro.
“Ela contou que saiu de casa e quando voltou, as crianças já estavam nesse estado. Já o padrasto, disse que ela saiu e quando voltou começou a bater nas crianças. Mas nós acreditamos que as agressões foram cometidas pelos os dois. Temos também, relatos de parentes que afirmaram que as agressões e os maus tratos eram constantes. Já a avó materna, disse apenas que sabia que o casal era rígido em excesso. Agora, temos uma criança em coma, com risco de morte, ambos sofreram por dias com muita dor, esse caso criou uma comoção policial enorme e só paramos de apurar o caso, após conseguirmos todos os elementos que corroborasse com a prisão dos suspeitos”, destacou o delegado.
Pazoline ressaltou ainda que a sociedade tem um papel importante para evitar que mais casos como o citado acima continuem acontecendo no cotidiano. “Esse tipo de violência nos chocou, devido ao seu alto nível de crueldade contra duas crianças de dois anos de idade. A sociedade não pode compactuar com esse tipo de coisa, é de fundamental importância que vizinhos, parentes e qualquer pessoa denuncie esses casos”.
Tanto a mãe dos gêmeos, quanto o padrasto, foram indiciados pelo crime de tortura por duas vezes. Eles estão presos com mandado temporário, mas a polícia acredita que nos próximos dias, a justiça decrete a prisão preventiva, fazendo com que fiquem presos até o julgamento. Se condenados, cada um pode pegar até 16 anos de reclusão.
A Secretária de Estado de Saúde (Sesa) informou que o menino continua internado no Hospital Infantil de Vitória, em estado grave.
 
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