By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: BandNews FM Curitiba – Imagem: Divulgação
Mais de R$ 308 mil reais foram
bloqueados via liminar pela Justiça nas contas bancárias do deputado
estadual Pastor Edson Praczyk, do PRB, e do assessor legislativo Luiz
Alberto de Lima. A determinação teria sido proferida nesta quinta-feira
(6) para garantir dinheiro suficiente para ressarcir os cofres públicos
em caso de condenação. As informações são da RPC TV.
O deputado e o funcionário da Assembleia
Legislativa respondem a uma ação civil por improbidade administrativa
proposta em maio pelo Ministério Público do Paraná. A denúncia é de que
eles desviaram verbas públicas por meio da contratação de uma
funcionária fantasma. A servidora em questão seria a dona de casa
Rosimeire de Amorim.
Procurada, a advogada Lígia Franco
Britto de Lara, que representa o deputado, disse que ainda não teve
acesso à decisão, já que o processo corre em segredo de Justiça.
A denúncia contra o deputado e o
assessor foi feita a partir de um inquérito conduzido pela Polícia
Federal. Conforme a investigação do Ministério Público, a contratação da
dona de casa foi feita por meio de Luiz Alberto de Lima, que na época
era chefe de gabinete do parlamentar.
Em depoimento, Rosimeire informou que
era conhecida de Luiz e que, após uma noite de orações, teria sido
convencida por ele a entregar os documentos pessoais. A justificativa
para isso era de que, em troca, ela receberia uma série de bênçãos,
segundo o promotor de Justiça Fabio Guaragni.
Na primeira passagem falsa pelo gabinete
do parlamentar, em outubro de 2001, Rosimeire foi nomeada para receber
11 salários de R$ 1.200, em valores da época. Em outubro de 2002, ela
foi exonerada, segundo o gabinete, a pedido próprio.
Já na segunda nomeação, em maio de 2004,
os vencimentos passaram para R$ 2.800. O novo desligamento da dona de
casa ocorreu cinco meses depois, também sob a justificativa de que seria
a pedido da servidora.
Na última contratação, em fevereiro de
2005, a funcionária fantasma teria recebido vencimentos que passaram dos
R$ 2.800. Mas, segundo o promotor, ela nega qualquer tipo de vínculo
com a Assembleia Legislativa e afirma que não trabalha de forma
remunerada há mais de 20 anos.
O deputado, que é também o presidente do
Conselho de Ética da Assembleia Legislativa e está na quinta
legislatura consecutiva, não foi localizado para comentar o assunto. O
Ministério Público ainda não confirma a decisão da Justiça pelo bloqueio
de bens dos dois acusados.
Praczyk também é suspeito de ter mantido
outros funcionários fantasmas durante o primeiro mandato dele, entre
2001 e 2003, e de ficar com os salários dessas pessoas. Entre os
supostos servidores comissionados estariam esposas de outros pastores da
Igreja Universal do Reino de Deus.
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