terça-feira, 4 de agosto de 2015

Com Sessão suspensa e vereador saiu de viatura por não reduzir o salário



By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: RPC TV Imagem: RPC TV


Os vereadores de Jacarezinho, no norte do Paraná, ainda não têm previsão de quando vão discutir projeto que estipula os salários de parlamentares escolhidos na próxima eleição.
O presidente da Câmara Valdir Maldonado (PDT), que precisou da ajuda da Polícia Militar para sair da Câmara devido à revolta dos moradores na segunda-feira (3), diz que o projeto de aumento ou de redução salarial deve ser elaborado conforme a vontade dos nove vereadores e não por pressão popular.
“Não posso ser o único responsável por aprovar um projeto desse porte. O meu voto serve apenas para desempatar, só voto se os demais integrantes do Legislativo não chegarem a um acordo. Eu não vou tomar a iniciativa, é o plenário que deve decidir essas questões”, argumenta o presidente da Câmara.
A sessão da Câmara de Vereadores na noite de segunda-feira foi tumultuada e cheia de discussões. Os moradores entregaram um projeto de iniciativa popular que prevê a redução dos salários dos parlamentares dos atuais R$ 6,2 mil para apenas um salário mínimo. Mas, o presidente da Casa se recusou a colocar o documento em discussão afirmando que o Regimento estipulava que os vereadores têm 90 dias para analisar a proposta. Maldonado encerrou a sessão e foi embora sob vaias.
Valdir Maldonado (PDT) culpa os líderes do movimento popular de incitarem os moradores sem saber como são os trâmites da Casa. “Até a sessão dessa segunda-feira ninguém veio conversar com a gente se havia possibilidade de baixarmos os salários. Aí vem um monte de gente acompanhar a sessão que nem sabe que somos obrigados a estipular o salário dos vereadores da próxima Legislatura”, detalha Maldonado.
Se os parlamentares decidam pela elaboração do projeto reduzindo os salários, o presidente disse que não será contrário a proposta.
“O povo está se espelhando no caso de Santo Antônio da Platina, onde os vereadores baixaram os salários por pressão popular. Lá o movimento foi justo, correto, porque não há justificativa para o aumento de salários na atual situação. Mas, aqui não há justificativa para esse tipo de movimento, pois ainda nem discutimos sobre esse assunto”, argumenta o presidente da Câmara de Vereadores de Jacarezinho.
Iniciativa na cidade vizinha
Em junho, um vídeo de uma moradora de Santo Antônio da Platina reclamando da votação em que os vereadores aumentavam os próprios salários viralizou na internet e mobilizou os moradores em torno da causa.
No dia seguinte, quando ocorreria a segunda discussão da proposta, os parlamentares foram surpreendidos com as galerias cheias durante a votação. Devido à pressão popular, os parlamentares acabaram reduzindo os próprios salários para R$ 970. Na proposta inicial, o presidente da Câmara teria um aumento de R$ 4 mil para R$ 8,5 mil e os demais vereadores receberiam R$ 7,5 mil. Atualmente, eles ganham R$ 3,7 mil.
Além dos vereadores, a população conseguiu também que o salário do prefeito fosse reduzido de R$ 14 mil para R$ 12 mil. Inicialmente, o valor atual iria subir para R$ 22 mil.

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