quinta-feira, 23 de julho de 2015

Justiça afasta Júlio Makuch presidente da Câmara de Prudentópolis



By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Rádio Najuá Imagem: Divulgação

A Vara Criminal de Prudentópolis determinou, nesta quinta-feira (23), a suspensão das funções do presidente da Câmara de Vereadores, Júlio Makuch (PSD). A decisão atende ao pedido formulado pelo Ministério Público (MP), através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), que empreende a segunda fase da Operação Caçamba, na qual o vereador é alvo de investigação. Na primeira fase da operação, em fevereiro, o ex-prefeito Gilvan Agibert acabou sendo preso em flagrante.
Na atual investigação, há indícios de que o vereador Makuch seria “sócio oculto” da empresa de monitoramento de segurança que presta serviços para a Prefeitura de Prudentópolis. Segundo o MP, esse contrato teria sido superfaturado num conluio com o prefeito cassado, o que teria gerado aos cofres públicos um prejuízo estimado em R$ 370 mil.
Ainda de acordo com as investigações do GAECO, o presidente da Câmara teria aproveitado do cargo para pressionar o atual prefeito, Adelmo Klossowski (PR), para que renovasse o contrato superfaturado, garantindo-lhe que apoio.
Situação na Câmara
A Câmara de Prudentópolis está em recesso legislativo até o dia 3 de agosto. Conforme o artigo 49 do Regimento Interno da Casa, na ausência ou impedimentos, o presidente será substituído, sucessivamente, pelo vice-presidente, José Adilson dos Santos (PSC) ou pelos secretários, Marcos Vinício dos Santos (PT) e Dr. Darley Gonçalves da Rosa (PSB). A suspensão do cargo de presidente é por tempo indeterminado. A cadeira vaga pelo afastamento do vereador, nesse caso, deve ser ocupada pelo suplente Osmário Batista (PPS), que obteve 701 votos em 2012 (2,35% dos votos válidos). Osmário assumiu a suplência pela última vez em junho, na votação da cassação de Gilvan Agibert.
Desdobramentos da Operação Caçamba
Em entrevista à reportagem da Najuá, o promotor do GAECO de Guarapuava, Vitor Hugo Nicastro Honesko, confirmou que a investigação é um desdobramento da Operação Caçamba, iniciada no começo do ano, e que havia outros elementos a serem investigados nos contratos firmados com o município. Um deles dizia respeito ao monitoramento e vigilância. “Chegamos à conclusão, indiciariamente, de que essa empresa teria como sócio oculto o presidente da Câmara de Vereadores, que não pode contratar com o município”, destaca.
O coordenador-geral do GAECO, Leonir Batisti, destaca a ilegalidade do contrato da Prefeitura com a empresa de monitoramento em segurança da qual o vereador seria sócio oculto, pela incompatibilidade com o cargo de vereador. “Em segundo lugar, esse contrato seria superfaturado ou pelo menos não corresponderia ao serviço inerente a esse contrato. Seria excessivo pelos padrões, o que denotaria, verdadeiramente, o superfaturamento. Em terceiro lugar, como o prefeito atual demonstrou não ter propensão para dirigir novamente uma licitação para renovação do contrato, o presidente da Câmara mostrou-se insatisfeito e teria feito ameaçadas veladas ao próprio prefeito, forçando-o à renovação do contrato desta empresa”, informa Batisti. Matéria completa.
Ouça aqui a entrevista com promotor Vitor Hugo Honesko (ESTE ÁUDIO É DE PROPRIEDADE DA RÁDIO NAJUÁ, ENTÃO É PROIBIDA A UTILIZAÇÃO SEM AUTORIZAÇÃO)


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