Casal de Guarapuava que residia em Itajai morre carbonizado em acidente na BR-101

By: INTERVALO DA NOTICIAS

Texto: RPC TV – Imagem: PRF

“Graças a Deus o anjinho da guarda dela é forte”. Essa é a explicação da dona de casa Janete da Silva Freitas, de 35 anos, para o fato de a cunhada, Maria Vitória, de apenas 4 anos, ter sido salva ilesa de um carro em chamas, na noite de quinta-feira (2), em Joinville, no Norte catarinense. Os pais da menina morreram carbonizados.
O acidente aconteceu às 23h50 no km 41 da BR-101, quando a família viajava de Itajaí, no Vale, para a terra-natal, Guarapuava, no Paraná, onde passariam o feriado de Páscoa com parentes.
Um caminhão com placas de Tubarão, no Sul do estado, bateu na traseira do Gol da família. O carro foi projetado contra uma mureta e pegou fogo. Os pais da menina, o movimentador de mercadorias Elineu Ribeiro de Freitas, de 48 anos, e a dona de casa Marlene Lopes da Silva Freitas, de 45, morreram no local do acidente, presos às ferragens.
Salva por caminhoneiro
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, o motorista do caminhão, um homem de 42 anos que não sofreu lesões, socorreu a menina, que estava em pé entre os bancos da frente do veículo, tentando fugir das chamas. Segundo a PRF, o motorista foi submetido ao teste do bafômetro, que deu negativo.
Maria Vitória foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e encaminhada ao Hospital Infantil Doutor Jeser Amarante Faria, em Joinville, de onde teve alta poucas horas depois. Ela foi levada por familiares para Itajaí, onde a família morava.
'Apegada com todos'
Na tarde desta sexta-feira (3), a menina brincava tranquila com o sobrinho de 1 ano, aos cuidados do irmão mais velho, de 23 anos, com quem Janete é casada, na casa da família, em Itajaí. Segundo Janete, a menina ainda não falou sobre o acidente.
“Ela é boazinha, vai à creche, gosta de brincar com tudo e é apegada com todo mundo aqui em casa”, conta a dona de casa. O casal pretende ficar com a guarda da menina e dos outros dois irmãos, de 15 e 16 anos.
A família planeja viajar ainda nesta sexta-feira para o Paraná, onde os corpos dos pais da criança serão sepultados.
Janete diz que não conseguiu falar com o motorista que socorreu a criança após a batida, mas sabe o que diria. “Não tenho palavras, é um anjo”, diz a dona de casa. “Agora vamos cuidar do nosso milagre”.

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