quarta-feira, 4 de março de 2015

Justiça considera greve 'abusiva' e pede retorno imediato dos professores

By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Bonde News Imagem: Divulgação

O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) determinou na tarde desta quarta-feira (4) o retorno imediato dos professores às salas de aula após 24 dias de greve.
Na manhã desta quarta, os professores haviam decidido manter a paralisação por tempo indeterminado em assembleia realizada no estádio Durival de Brito, a Vila Capanema, em Curitiba.
Na decisão, o desembargador Luiz Mateus de Lima prevê multa diária de R$ 20 mil em caso de descumprimento e estipula prazo de 24 horas para que os filiados da APP Sindicato sejam comunicados da voltas às aulas. O desembargador justifica que é "inegável" o prejuízo sofrido pelos estudantes sem aulas mesmo que "haja a reposição de tal carga horária no futuro".
Os grevistas também estão proibidos de obstruir, de qualquer modo, o acesso a escolas ou a qualquer outro órgão público estadual ou de impedir o trabalho de outros servidores públicos. "A greve é extremamente prejudicial a milhares de estudantes, os quais estão sendo as maiores vítimas", afirma o desembargador na decisão.
Lima ainda considera a greve abusiva, pois compromete o "interesse da coletividade". "Não me parece justo e legal comprometer toda a sociedade, maior afetada nesse momento, pelo movimento paredista", afirma.
"Por derradeiro, ainda que o interesse da categoria sindical envolvida seja legítimo e pautado na legalidade, deve prevalecer o direito essencial/fundamental à educação", acrescenta.
APP vai recorrer
Em nota a a APP-Sindicato informou que não foi notificada da decisão, sendo comunicado por meio da imprensa. A entidade afirmou que os professores vão continuar em greve. "A interpretação da direção é de que a greve vem seguindo todos os procedimentos previstos na lei", argumenta a APP que promete recorrer da decisão.
O sindicato ainda criticou a posição do governo que entrou com o pedido do retorno às aulas na Justiça. "Lamentamos a decisão de um governo que se nega ao diálogo com os trabalhadores e recorre a outros poderes para tentar por fim a uma manifestação legítima da categoria que conta com o apoio incondicional da população", disparou.

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