By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Portal Terra – Imagem: Divulgação
O tabloide britânico mostrou a realidade de menores
com menos de cinco anos que moram na prisão – dividindo celas sem
estrutura nenhuma, sendo “vizinhos” de detentos adultos que, não
raramente, abusam das crianças sexualmente.
Conforme mostrou a publicação, os meninos e meninas
dormem em chãos de cimento e relatam ser violentadas e abusadas. Em todo
o país, há mais de 20 mil nesta situação em pelo menos 17 presídios. As
crianças detidas se queixam não só da violência e abuso, como também
da alimentação deficiente ou inadequada, e falta de saneamento. Elas
recebem baldes para uso como “banheiros”. E qualquer tipo de educação ou
contato com os membros da família são proibidos.
Como se não bastasse a realidade dura, mais e mais
crianças sofrem quando personalidades internacionais vão visitar o
país. Segundo a publicação, nesta semana, dezenas foram presas,
especialmente aquelas que vivem nas ruas por onde o Papa Francisco vai
passar. Assim aconteceu com a visita do religioso, também na visita do
presidente americano Barack Obama em abril do ano passado, entre outras.
A retirada dos menores das ruas fica ainda mais rigorosa e o aumento do
número delas atrás das celas é evidente.
Mak-Mak, um menino de sete anos, foi resgatado por uma instituição de
caridade liderada por Father Chay Cullen voltada para crianças.
Autoridades do presídio acreditam que ele seja órfão ou tenha sido
abandonado pelos pais ao nascer, por isso, nunca havia saído da prisão
onde estava. Quando estava sendo levado para seu “novo lar”, a primeira
pergunta que fez, foi “há brinquedos de verdade nesse lugar?”.
Já na instituição, que fica numa espécie de chácara, ele
brincou por longas duas horas com as outras crianças. Depois, quando se
encontrou com uma psicóloga pela primeira vez e foi indagado sobre sua
vida na rua e no presídio, ele apenas soube chorar. “Há muito trauma aí
dentro”, contou a especialista da Fundação Shay’s Preda.
Na luta pelo fim dos crimes contra as crianças no país, o
nobel (que é missionário) diz estar orando para que o Papa fale sobre
os direitos das crianças durante a sua visita de cinco dias, que termina
no domingo, talvez atingindo "a consciência de funcionários no país"
para que tomem mais cuidado com seus jovens desafortunados.
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