By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Portal Terra – Imagem: João Cotta
Em resposta às acusações de sonegação fiscal feitas pelo candidato
ao governo do Rio de Janeiro Anthony Garotinho (PR), em entrevista ao
telejornal RJTV de quinta-feira, as Organizações Globo emitiram nesta
sexta-feira (19) um comunicado oficial chamando de “mentirosas” as
informações verbalizadas pelo candidato.
Segundo o comunicado, não existe qualquer dívida da emissora com a
Receita Federal em virtude da aquisição dos direitos de transmissão da
Copa do Mundo de 2002, conforme sugeriu Garotinho na entrevista à
jornalista Mariana Gross, do RJTV 1ª edição.
Diante das informações mentirosas que voltam a circular, a Globo
Comunicação e Participações reafirma que os impostos devidos foram pagos
conforme previsto pelo REFIS (Lei nº 11.941/09), como atesta o
arquivamento definitivo do Processo no COMPROT disponível publicamente
pelo Sistema de Acompanhamento de Processos da Receita Federal”,
informou o comunicado.
Na nota, a TV Globo admite que houve realmente uma investigação
aberta pela Receita Federal em 16/10/2006, por suposto erro na
arrecadação de impostos referentes à transmissão daquela Copa do Mundo
de 2002.
O canal da família Marinho alega, contudo, que o processo já foi
solucionado com a adesão da empresa ao Refis (Programa de Recuperação
Fiscal), onde a emissora pagou os tributos que a Justiça entendeu que
ela devia, após o recurso judicial ter sido negado pelas autoridades
fiscais brasileiras.
“No dia 21/12/06, a defesa da Globo foi rejeitada pelas autoridades
e em 11/10/07, a empresa foi intimada da decisão desfavorável,
apresentando recurso em 09/11/07. No dia 24/11/09, a Globo tomou a
decisão de aderir ao Refis (Programa de Recuperação Fiscal) e realizar o
pagamento do tributo nas condições oferecidas a todos os contribuintes
pelo Fisco. O pagamento foi realizado no dia 26/11/09, tendo a empresa
peticionado às autoridades informando sua desistência do recurso
apresentado (o que ocorreu em 04/02/10)”, diz o comunicado da Globo.
Histórico
O embate entre a emissora da família Marinho e o candidato Anthony Garotinho aconteceu na entrevista desta quinta-feira (18).
Ao se sentir acuado por denúncias de corrupção, obras inacabadas e
mal feitas nos governos dele e da esposa, Rosinha Garotinho, o
ex-governador do Rio defendeu-se acusando a emissora de ter sonegado
impostos usando empresas laranjas em paraísos fiscais.
A entrevista causou enorme repercussão nas mídias sociais pela
desenvoltura que o candidato fazia acusações contra a emissora carioca,
sem cerimônia e estando no próprio canal.
Além de sonegação fiscal, Garotinho mencionou na entrevista o fato
do canal carioca ter dado apoio político para o regime militar que se
instalou no Brasil após o Golpe de 1964.
O mea-culpa da Globo em relação ao Golpe Militar de 1964 foi
publicado em forma de texto pelo jornal “O Globo”, do Rio (que pertenceu
ao mesmo grupo), em 31 de agosto do ano passado.
No texto, a empresa admite ter errado no episódio que mergulhou o
Brasil em mais de 20 anos de governo militar sem democracia e voto
direto.
“Não há por que não reconhecer, hoje, explicitamente, que o
apoio(ao golpe) foi um erro, assim como equivocadas foram outras
decisões editoriais do período que decorreram desse desacerto original”,
diz o texto. “A lembrança é sempre um incômodo para o jornal, mas não
há como refutá-la. É História. O Globo, de fato, à época, concordou com a
intervenção dos militares, ao lado de outros grandes jornais, como O
Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo, Jornal do Brasil e o Correio da
Manhã, para citar apenas alguns”, argumenta o jornal (leia mais aqui).
Garotinho e as Organizações Globo protagonizam mais de dez
processos na Justiça por reportagens publicadas em jornais e revistas
das empresas da família Marinho, apontando indícios de corrupção ligadas
ao ex-governador.
Entre os candidatos que concorrem ao governo do Rio, Garotinho
também é o que mais tem processos pedindo impugnação da candidatura dele
na Justiça.
Nesta mesma quinta-feira (18) da hilária entrevista, a Procuradoria
Regional Eleitoral do Rio (PRE) abriu o terceiro processo pedindo a
inelegibilidade do candidato e a cassação do mandato parlamentar dele na
Câmara.
O candidato do PR é acusado de cometer os crimes de abuso de poder
político e econômico, captação ilícita de sufrágio e conduta vedada no
Centro Cultural Anthony Garotinho, em Campos, através da distribuição de
fraldas e enxovais para gestantes.
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