segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Professora conta como elaborou hino, bandeira e brasão de Prudentópolis



By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Edilson Kernicki (Rádio Najuá) Imagem: Élio Kohut (Intervalo da Noticias/Rádio Najuá)

A professora Aura Azevedo de Moura Cordeiro criou os símbolos do município de Prudentópolis: a letra do hino, o brasão e a bandeira. Ela conversou com a reportagem da Najuá sobre a inspiração e a concepção desses símbolos nos dias que antecedem a comemoração de 108 anos de Prudentópolis.
Inicialmente, a professora ressalta que chegou ao município apenas com seu marido, sem conhecer nenhum morador de Prudentópolis. “Sem saber nem onde eu ia comprar pão, porque não conhecia ninguém. Para gostar de alguém, você precisa conhecê-lo”, ressalta. A professora Aura diz, ainda, que decidiu “estudar” a história de Prudentópolis.
“Peguei a fundo, estudando Prudentópolis desde a pontinha do Rio Belo, lá em cima, na cabeça do cachorrinho, como eu digo, porque [o mapa de] Prudentópolis parece um cachorrinho de pé, até o fim dos Patos Velhos”, conta a professora, que revela que, ao estudar Prudentópolis pedacinho a pedacinho, se apaixonou pela cidade e pelo povo, em suas diversas etnias.
A professora revela que estava sendo organizado um desfile para o aniversário da cidade e, na época, se evidenciava uma rivalidade muito grande entre o Ginásio Imaculada Virgem Maria, do qual ela é uma das fundadoras, e o Colégio Estadual Barão de Capanema, “que o [prefeito] Newton Agibert trouxe, que era para vir para nós, mas ficou para eles, e teve uma briga sem tamanho”, relembra. Na ocasião, o município se preparava para seu cinqüentenário, em 1956.
Aura ficou ao lado das Irmãs Servas de Maria Imaculada, responsáveis pelo Imaculada Conceição e pela Escola Normal Dom Bosco. “Nossa birra era vencer os desfiles. O Imaculada não podia perder os desfiles. Então, era uma loucura para fazermos um desfile mais bonito que o outro”, conta.
Mas esse esforço para surpreender nos desfiles não parecia suficiente para a professora, que percebeu que a cidade ainda não tinha um hino próprio para cantar nas solenidades. Aura pensou: “Chega na hora, hasteiam a bandeira do Paraná e ninguém canta o hino do estado, porque ninguém sabe”, comenta a professora, que também considerava o Hino Nacional muito extenso para o desfile.
Antes de compor a letra, Aura diz que precisou estudar heráldica – ciência e arte que se ocupa de descrever desenhos de brasões de armas ou escudos. Aura passou a pensar nos elementos que viriam a compor tanto o brasão, quanto a bandeira e o hino. Ela fez a soma numerológica do ano de fundação do povoado: 1884, que resultou no número 3. O dia da fundação, 12, também resulta no número 3. O nome “Prudentópolis” resulta na mesma soma numerológica: 3. “Assim, fiz o hino ‘Triângulo Feliz’. E, na bandeira, três faixas, três cores, o globo – que é a paz – e três estrelas”, explica. Cada uma dessas estrelas representa uma etnia que formou o povo de Prudentópolis.
Ao conceber o desenho do escudo do município, incluiu o pinhão que, apesar de não estar listado nas regras da heráldica, é uma planta nativa da região; as três estrelas, cada uma representando uma etnia que compôs o povo de Prudentópolis; de um lado o trigo, o “pão universal” e de outro lado da bandeira a erva-mate, outra planta nativa.
“Mas não fiz para ser oficializado. Fiz para ganhar o desfile. E aí, todo mundo se encantou com os alunos cantando o hino. Todo mundo se entusiasmou. E quiseram que fosse o hino. O escudo que eu estava trazendo, que era para enfeitar o desfile, passou a ser oficializado, assim como a bandeira”, conta.
De acordo com ela, os três símbolos surgiram sem a intenção de serem oficializados, eles seriam apenas utilizados para promover o Ginásio Imaculada Virgem Maria no desfile de aniversário do município. Coube ao marido da professora, que na época era vereador, propor a oficialização.
Ouça aqui a entrevista com a Profª  Aura Azevedo de Moura Cordeiro

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