quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Conheça quem recebeu a Medalha de Mérito de Prudentópolis



By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Câmara de Vereadores Imagem: Élio Kohut (Intervalo da Noticias/Rádio Najuá)

Cidadãos ilustres de Prudentópolis que obtiveram destaque em suas áreas de atuação, nos mais distintos setores foram homenageados com a “Medalha do Mérito Municipal de Prudentópolis”, conferida em sessão solene, realizada pela Câmara Municipal, na segunda-feira, 19,  no Plenário, a qual integrou a programação de aniversário dos 107 anos de emancipação político administrativa do Município de Prudentópolis.
A medalha é conferida a pessoas vivas, que contribuíram e elevaram de modo notável o engrandecimento da comunidade prudentopolitana dentro e fora do Município, nos mais variados ramos de atividades. É cunhada em metal, contendo circunferência de 50 milímetros, com fundo liso, onde está gravado o Brasão do Município, constando os dizeres “Medalha do Mérito Municipal de Prudentópolis”. Os homenageados foram indicados pelos Vereadores e, em sessão própria, de caráter solene, correspondente à data de aniversário da emancipação política do Município ou, em casos excepcionais, convocada pela Mesa Diretora, é feita a outorga, neste ano em especial, neste dia 19. Em 2013, chegamos à terceira solenidade de entrega da homenagem. Segundo destacou o Presidente da Câmara, Vereador Júlio César Makuch, a solenidade tem fundamental importância na história política e administrativa municipal, pois seu intuito nada mais é do que uma forma singela e solene de a comunidade lembrar do trabalho, projeção e consolidação de um personagem ilustre que se destacou em nosso convívio, em algum segmento público ou privado, ao longo de sua vida. “Hoje, temos cidadãos que saíram das mais distantes localidades do interior, ou mesmo aqui da cidade, e que são ilustres representantes de entidades, empresas, instituições, ou alcançaram sucesso na iniciativa privada, política, social ou liberal, e que poucos sabem dessa condição, ou que não reconhecem esse grande esforço” enfatizou o Vereador Makuch.
As homenagens desta sessão solene, nesta oportunidade serão dirigidas à Artista Plástica Vera Lúcia Daciuk, uma das mais tradicionais artistas na confecção de pêssankas; Padre Atanásio Kupicki, OSBM, 50 anos de sacerdócio, desenvolvendo trabalho espiritual humanitário junto a centenas de famílias da cidade e interior, e escritor de memórias da Igreja de São Josafat, que serão publicadas em livro; Ana Dzioba, educadora e dirigente cultural, cantora, participando há mais de 35 anos das atividades do Grupo Folclórico Ucraniano Brasileiro Vesselka, uma das criadoras da Noite Ucraniana; Jeferson Stasiu, músico, ex-dirigente de grupos de jovens e de esportes, integrante do conjunto musical do Grupo Vesselka, além de um dos mais antigos profissionais do Correios de nossa cidade; Jorge Bohaczuk, artista plástico, músico e um dos integrantes do conjunto musical do Grupo Vesselka; Leonel de Mattos Miketchen, radialista, músico, cantor, e integrante do conjunto  musical do Grupo Vesselka; e João Maria Alves de Oliveira, maestro e dirigente da Fanbacap – Fanfarra do Colégio Estadual Barão de Capanema há mais de 20 anos.
Confira os homenageados com as entrevistas:
Jorge Bohaczuk
Nasceu no dia 14 de julho de 1947 em Prudentópolis. Aos 16 anos junto de seus pais mudou-se para Laranjeiras do Sul, onde residiu por algum tempo, mudando-se, posteriormente para cidades próximas como Candói, Pinhão, e Guarapuava. Mais tarde, retornou à cidade de Pinhão onde se casou. Passado algum tempo, retornou à sua terra natal,Prudentópolis, onde permanece até hoje.
Sempre trabalhou no setor de madeireiras, exercendo inúmeras funções nesta empresas, em especial na afiação de serras. Inclusive, seu trabalho era esmerado e preciso, conseguindo com que cada serra tivesse um tipo de afiação destinado a uma espécie de madeira, para se ter um resultado mais aprimorado. Inclusive, durante o trabalho que desenvolvia na serraria, houve um fato curioso, presenciado por amigos e aqui testemunhado. 
Trouxeram algumas toras de monjoleiro que ficaram caídas dentro do rio por muito tempo, para serem serradas. Depois de algumas tentativas, as serras acabavam perdendo o fio e não havia sucesso no desdobramento das mesmas. Foi então que disseram que não havia o que fazer para serrar as mesmas. Jorge, com sua experiência, observou a situação e disse aos colegas. Esperem um pouco, pois para cortar esse tipo de madeira dura por natureza e conservada na água, tem de ser feita um afiação diferente. Dito e feito, após afiar a serra, trouxe a mesma que acabou por desdobrar todas as toras.
Paralelo a isto, estudava à noite, já que não havia tido a oportunidade de desenvolver seus estudos pelas mudanças de cidades e pelo trabalho iniciado logo cedo. Nas horas vagas, também desenvolvia a arte da música, já que tinha dom musical e aproveitava para aplicar seu talento no violão e acordeon. Graças a esse dom e as amizades, iniciou a formação de uma dupla com seu compadre Leonel Miketchen, a qual recebeu o nome de batismo deGuaíra e Guará. Durante muito tempo se apresentaram cantando músicas e sucessos da época emfestas, bailes, incluindo apresentações em programas musicais do rádio e televisão.
Depois de algum tempo, junto a outros amigos, formaram um conjunto musical que se chamava Os Filhos do Rincão, animando inúmeros bailes e festas pelo interior e localidades da região. Mais recentemente participoutambém do Grupo Roda de Amigos, de seu amigo José Lourenço, que também foi vereador desta  Casa de Leis. O principal destaque deste grupo era a animação de festas de aniversários e casamentos, onde divertiam aos convidados com inúmeras apresentações musicais. Participante ativo das movimentações religiosas, iniciou com apresentações em missas, novenas, programações e festas religiosas, da Paróquia São João Batista, onde permanece até aos dias atuais. Junto à comunidade ucraniana também teve grande participação, pois durante mais de 25 anosfoi o acordeonista do conjunto musical do Grupo Ucraniano Brasileiro Veselka, inclusive participando dos festivais por várias cidades do país, onde o grupo conquistou várias vezes o título de campeão, como o Fenartec de Foz do Iguaçu. Também esteve acompanhando o grupo na Festa das Nações em Brasília, evento que reuniu representantes de várias etnias de regiões do Brasil.
Atualmente desenvolvi uma antiga paixão. A de fazer desenhos em lápis grafite e de cor sobre papel ecartolina além de lápis de cor e giz pastel seco sobre papel.  Através de dois blogs que possui na internet vem divulgando seu trabalho pelo mundo afora, com contatos até no exterior, onde publicaseus trabalhos e já realizou muitos desenhos sob encomenda. Esse seu trabalho artístico é voltado basicamentepara o desenho de retratos de pessoas.
Seus blogs são estes :
http://desenhoslapis.arteblog.com.br
Ouça aqui a entrevista. 
Ana Dzioba

Ana Dzioba, filha de Nicolau e Catarina Dzioba, nasceu no dia 19 de março de mil novecentos e cinquenta e oito, na Linha Paraná-faxinal, Prudentópolis.

Fez os estudos iniciais na Escola Rural Municipal de Linha Esperança e aos 10 anos, em 1968 ingressou no Internato Santa Olga para poder continuar seus estudos na cidade. Cursou o ensino fundamental no Ginásio Estadual Alberto de Carvalho e o Magistério na Escola Normal Colegial Cel. José Durski.

Em dezembro de 1973 tomou-se membro do Instituto Secular das Catequistas do Sagrado Coração de Jesus, no qual fez parte da Diretoria Geral nos de 1994-1998, sendo novamente eleita para o cargo de Conselheira Geral para mais um quinquénio, em dezembro de 2013.

No ano de 1983 graduou-se em Pedagogia-Orientação Educacional na Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Irati e mais tarde, em 1990, em Administração Escolar na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Guarapuava.

O curso de Pós-Graduação concluiu em 1999, pela Faculdade de Educação São Luiz, com especialização em Fundamentos Teóricos da Prática Pedagógica.

Iniciou seu trabalho profissional em 1983, na Prefeitura Municipal de Prudentópolis, como Auxiliar Administrativo. Em 1990 assumiu a direção da Escola Municipal Canuto Guimarães, cargo que exerceu durante 8 anos. Trabalhando nesta escola, fez grandes esforços, juntamente com as autoridades competentes, na criação da Escola Estadual Pe. Cristóforo Myskiw, para o ensino da 5a à 8a séries, sendo diretora da mesma por 6 anos consecutivos.

Exercendo seu trabalho profissional junto à comunidade da Vila Iguaçu e adjacências, predominantemente habitada por descendentes de ucranianos, e, ciente do seu papel como leiga consagrada, Ana, zelosamente, se empenhou na organização da comunidade, tanto no âmbito escolar como eclesial. Primeiramente chamava os pais de alunos e os moradores, para reuniões e celebrações na escola. Seu trabalho e esforço foram determinantes na formação da comunidade eclesial, que recentemente se tornou sede da nova Eparquia Nossa Senhora da Conceição. Junto dessa comunidade se dedicou 8 anos à evangelização.

Como pedagoga e administradora escolar, desde o ano de 1999, faz parte do corpo pedagógico da Secretaria Municipal da Educação, do município de Prudentópolis.

Paralelamente ao exercício de sua profissão e de evangelização, e mesmo quando ainda estudante, Ana Dzioba sempre de dedicou à divulgação e promoção da cultura ucraniana. Por vários anos foi participante ativa do Coral São Josafat, professora e diretora da Escola Paroquial Nossa Senhora do Patrocínio e, há 27 anos, presta assessoria e coordena o Gmpo Folclórico Vesseíka, acompanhando várias gerações de jovens e crianças, componentes do grupo, à viagens nacionais e internacionais para representar Prudentópolis em festivais, além de abrilhantar as festas do município. Este é um trabalho totalmente gratuito e que exige um grande espírito de sacrifício, pois é realizado fora das atividades profissionais e nos finais de semana.

Além da grande contribuição para o município de Prudentópolis, Ana também tem se dedicado ao trabalho catequético em nível de Eparquia (agora Arquieparquia) sendo membro da Comissão de Catequese e por mais de 20 anos coordenou os Cursos Eparquiais de Formação de Catequistas, realizados anualmente nas dependências do Instituto Santa Olga, com abrangência de todas as paróquias dos estados do Paraná e Santa Catarina. Hoje continua trabalhando nos cursos de aperfeiçoamento nesta área.

Considerando a relevante contribuição na educação das crianças e jovens prudentopolitanos, na evangelização, como também na preservação e divulgação da cultura ucraniana, esta Casa de Leis concede-lhe hoje a Medalha do Mérito Municipal.
Não foi localizado para entrevista. Vamos tentar em breve.
Jeferson Antônio Stasiu
Jefferson Antônio Stasiu nasceu em 31 de dezembro de 1965 e é filho de Antônio Stasiu (in memoriam) e Nadia Morskei Stasiu.
Iniciou seus estudos na Escola Rural de Rio dos Patos nas séries iniciais passando em seguida para o Ginásio Estadual Alberto de Carvalho onde estudou até a 7ª série.
Motivado e animado pelos padres vicentinos, decidiu em 1979 ingressar no Seminário Menor São Vicente de Paulo, na cidade de Araucária.
Concluiu o Ensino Médio com formação em Técnico Sanitário. Posteriormente estudou na Faculdade de Filosofia em Orleans Curitiba onde permaneceu até 1984, retornando então para casa.
Trabalhou por um tempo no Banco Bamerindus do Brasil e Gerei Supermercado fazendo em seguida o concurso para trabalhar na Empresa Brasileira dos Correios e Telégrafos como carteiro onde permanece até a presente data.
Assumiu algumas vezes a função de gerente substituto da agência de Prudentópolis, Canta Galo, Turvo e Imbituva.
Iniciou o 3º Grau passando em primeiro lugar no vestibular da UNICENTRO no curso de Graduação de Letras – Francês, no qual foi acadêmico por quatro períodos. Mais tarde, foi acadêmico também na UNICENTRO do curso de graduação de História por mais quatro períodos.
FAMÍLIA:
É casado com a professora Cecília Ito Stasiu com a qual tem duas filhas: Rayssa Carolina, estudante de Engenharia Civil na UEPG em Ponta Grossa e Rayra Gabriela estudante do Colégio São José em Prudentópolis.
Tem 3 irmãos: Jemerson Paulo Stasiu, Maria Cristina Stasiu Hilgemberg de Freitas e Silmara Stasiu Mainardes.
OUTRAS ATIVIDADES
Durante toda sua vida profissional, participou de vários cursos de formação e aperfeiçoamento.
Foi membro e Presidente da UJOP - União de Jovens de Prudentópolis,  Trabalhou como voluntário na Rádio Esperança apresentando o programa ESCALADA aos domingos.
Em 1993 foi membro da diretoria executiva da APAE de Prudentópolis no Departamento de Promoções, na gestão do presidente Marcos Schneider.
Realizou palestras para jovens e adolescentes na cidade e em várias localidades do interior, pela Paróquia São João Batista;
Na política foi candidato a vereador. Seu lema: Trabalho e Honestidade;
Foi professor voluntário de Ensino Religioso, no Colégio Estadual Barão de Capanema, no período noturno;
Fez parte da Equipe que realizou o cadastro do Patrimônio natural de Prudentópolis;
NO ESPORTE
Jogador de BASQUETE na equipe vice-campeã pontagrossense dos Jogos do Sesi e também Vice-campeão pontagrossense de ARREMESSO DE PESO;
Penta campeão de arremesso de peso dos JICS – Jogos Internos dos Correios;
Foi homenageado pela Secretaria de Esportes do Município conduzindo a pira olímpica na abertura dos XIII Jogos de Outono de Prudentópolis;
NO VESSELKA
Foi Membro e Secretário do grupo Folclórico Ucraniano Brasileiro VESSELKA;
Fez parte da Diretoria do VESSELKA que idealizou a 1ª NOITE UCRANIANA;
Por muitos anos fez parte da equipe musical do grupo Vesselka como BATERISTA, acompanhando o grupo nas apresentações aqui em Prudentópolis e nas diversas cidades do Brasi; .
Participou com o grupo por vários anos da Feira Nacional de Artesanato, Turismo e Cultura na cidade de Foz do Iguaçu;
Aprendeu muito com o Grupo Folclórico Ucraniano Vesselka e sente orgulho em ter feito parte desta maravilhosa família;
Hoje ainda se sente honrado e tem raízes fortes dentro do Grupo, através da participação de sua filha Rayra Gabriela que também é dançarina do VESSELKA;
Estes são alguns dados da vida pessoal, profissional e cultural de Jefferson Antônio Stasiu.
Ouça aqui a entrevista

João Maria Alves de Oliveira (Joãozinho)
Nascido no dia 14 de junho de 1974, filho de Antônio e Evanir Alves de Oliveira, casado com Cassilda Rosa e pai de Cassiele Rosa. João Maria Alves de Oliveira começou o seu trabalho como Instrutor de Fanfarras na Escola Municipal de Severo Agibert em 1984, tendo como seus primeiros professores,
Mario Sergio e Terezinha Maia.
Em 1985 participou do seu primeiro desfile cívico na cidade de Prudentópolis em comemoração ao seu aniversário. Em 1988 passou a comandar a fanfarra do Colégio Estadual Alberto de Carvalho, na época na
direção da Professora Elenir Portela e nos anos seguintes com a Diretora Marilim Schirlo.
Em 1995, em Ponta Grossa com a Fanfarra do Colégio Alberto de Carvalho, participou do primeiro desfile fora da cidade de Prudentópolis, também no mesmo ano participou do concurso de Bandas e Fanfarras realizado na cidade de Santa Fé, obtendo o 2º lugar Nacional e assim alguns títulos foram conquistados com a Fanfarra do Colégio Alberto de Carvalho. No mesmo ano João foi instrutor do Colégio Cenisista da cidade de Imbituva.
No ano de 2001 começou sua Historia Na FANBACAP, através de convite feito por alguns componentes passou a ser instrutor da Fanfarra do Colégio Barão de Capanema onde levando a mesma Fanfarra a participar pela primeira vez de um concurso de Bandas e Fanfarras realizado na cidade de Jaraguá dos Sul SC onde conquistou o 1º lugar. Tendo até os dias de hoje vários Títulos a mais conquistados com a Fanbacap. No ano 2006 iniciou os trabalhos como instrutor na Fanfarra Municipal de Guamiranga e da Fanfarra de Boa Vista também da cidade de Guamiranga. Já em 2014 começou a trabalhar como instrutor na recém-formada Fanfarra Municipal de Mallet, sendo que em Guamiranga e Mallet seu trabalho é remunerado e em Prudentópolis, na Fanbacap, seu serviço é totalmente voluntário.
Nesta longa história são 30 anos como componente e regente de fanfarras, estima – se que pelas mãos desse grande cidadão, passaram mais de 2 mil jovens e crianças, cidadãos hoje com família formada, pessoas que aprenderam os valores da sociedade e da vida através deste homem, através de João Maria Alves de Oliveira, ou como queiram, Joãozinho.
Ouça aqui a entrevista.
Leonel Mattos Miketchen
Nascido em Prudentópolis no dia 05 de abril de 1952, filho de Slauco Miketchen e Leoni de Mattos Miketchen, tendo mais quatro irmãos, sendo que três residem em nossa cidade, José Amancir, Amauri, e Júlio César, e sua irmã gêmea, Luci Marlene, reside em Curitiba. É casado com Ivete Vagner e tem duas filhas, Gilmara e Fabíola.
Gilmara é casada com Gilmar Lucaski e Fabíola casada com Eli Aniceto Pontarolo. Em sua vida profissional, atuou em diversos setores, iniciando suas atividades como balconista em estabelecimentos comerciais de nossa cidade. Posteriormente, atuou como mecânico junto da oficina de seus familiares. No entanto, desde jovem desenvolveu seu talento voltado para a música, e também para o rádio, onde atua como radialista apresentador de programas musicais e jornalísticos desde 1980, pela Rádio Esperança 810 AM, aqui de nossa cidade. Sua maior projeção no entanto, se deu no lado artístico, graças à música, pois desde seus seis anos de idade recebeu incentivo de seus pais, que viram que possuía dom para cantar e tocar, assim acabaram por lhe presentear inicialmente com um cavaquinho de quatro cordas.
Mesmo com um instrumento de condições limitadas, mostrava talento e conseguia executar algumas músicas. Foi então que recebeu maior apoio familiar, ganhando de presente um violão e o acordeon. Com todos estes instrumentos disponíveis, sua aptidão musical aflorou e desde sua juventude passou a ser referência nos meios sociais de nossa cidade e região, já que era requisitado para animar festinhas de aniversário, de casamentos, jantares e até mesmo as famosas domingueiras, a grande diversão dos jovens que passavam as tardes de domingo dançando e se divertindo, ao som das modas de seu acordeon. Após vários anos desenvolvendo e aprimorando sua habilidade na execução dos instrumentos e no canto de modas sertanejas, gauchescas, populares e folclóricas, começou a tocar junto de outro artista local, com o qual desenvolveu amizade, o acordeonista Jorge Bohaczuk, com quem formou uma dupla. Depois de algum tempo de apresentações em vários locais da cidade e região, tinham o dilema de como batizar a mesma, o que foi sugerido por José Ventura, de Guaíra e Guará, em homenagem a aspectos ligados ao Paraná, ou seja, as quedas de água em Guaíra e o lobo Guará, presente em nossa região.
Paralelamente a isso, passou a integrar o grupo Vesselka, onde participava como um dos integrantes do conjunto musical que executava as músicas durante as danças apresentadas nos eventos. Inclusive, esteve em Brasília, na Festa das Nações, acompanhando o grupo, onde foram executados diversos números musicais da etnia ucraniana. Mais tarde, junto ao seu amigo de rádio, Vilson Santini, iniciou uma nova dupla musical batizada de Vilson e Leonel, a qual ganhou projeção até nacional, inclusive, com apresentações em programas de televisão nacional, como na Hebe Camargo, dentre outros do gênero. Dentre as músicas que ganharam projeção destacam-se “Volte pra mim”,”Linda Paranaense”, “Retorne a ligação”, “A chuva”, e “Homenagem aos Mamonas”. Mais tarde, junto de seus amigos músicos José Lourenço, Ildo Donini, Osmar Vanzo já falecido, Vilson Santini e Sereninho, formaram o grupo “Roda de Amigos”, o qual animou muitos eventos na cidade e região, inclusive gravando um cd recentemente.
Ouça aqui a entrevista.
Padre Atanásio Kupicki
Nascido em 30 de agosto de 1931, na cidade catarinense de Moema, Santa Catarina, filho de Paulo Kupicki e Ana Korczagin, fez seus primeiros estudos em Mafra, Santa Catarina. Cursou o ginásio no Seminário São José, em Prudentópolis, ingressando no Noviciado em 1948. O Ensino Médio, cursou em Iracema, Santa Catarina, a Filosofia em Ivaí e Teologia, em Roma.
Sua ordenação sacerdotal se deu em 20 de outubro de 1957, em Roma, pelo Arcebispo Metropolita Dom Maksym Hermaniuk. No dia 28 de outubro, também em Roma, celebrou sua primeira missa. Exerceu suas funções de sacerdote em Prudentópolis, Ivaí, Curitiba e Ucrânia, sendo que maior parte das atividades dedicou a Prudentópolis, por 32 anos. Padre Atanásio lembra das dificuldades da época, tendo de se deslocar a cavalo ou de carrocinha para rezar missas nas comunidades que atendia em Bracatinga, Rio da
Areia, Barra Vermelha, Papanduva, e Queimadas, até meados de 1959 e Marcondes, Tijuco Preto e Palmital, até 1962.
Quando se deslocava a cavalo, viajava por boa parte da sexta-feira, chegando à tarde nas comunidades, onde era recebido e alojado e aos sábados fazia a catequese, depois confessava e no domingo rezava duas missas, às 7 e às 10 horas, almoçando e retornando à cidade. Quando ia de carrocinha, alguém vinha busca-lo e depois o conduzia novamente à cidade, em viagens de quase o dia todo.
Nesse tempo, muitas passagens enfrentou. Lembra por exemplo, de certa vez que os jovens encilharam seu cavalo e deixaram o estribo do lado direito preso à barrigueira. Quando montou, o animal sentiu o estribo sobre a barriga e começou a corcovear, acabando por derrubá-lo de testa no chão, provocando alguns
ferimentos. Recuperado do susto, n,,curado os ferimentos, ele mesmo encilhou novamente o animal e seguiu viagem normalmente. Foram mais de quinze anos em lombo de animal, percorrendo estradas e carreiros, sob a chuva e o sol, para levar a sagrada palavra de deus ao povo de nosso interior.
Nessa trajetória foi coadjutor da Paróquia São Josafat, professor, diretor espiritual e vice-reitor do Seminário São José, diretor e depois gerente da tipografia, diretor espiritual da Congregação das Irmãs Servas de Maria Imaculada, das Irmãs Catequistas de Sant’ana, das Irmãs de São José, Mestre do
Noviciado dos Padres Basilianos em Ivaí, vice-diretor no Noviciado em Krehiv, Ucrânia, administrador do Seminário São Basílio – Studium OSBM, no Batel, em Curitiba.
Como sacerdote basiliano, dedicado ao trabalho pastoral nas comunidades, sempre teve uma especial dedicação e cuidado com a liturgia e catequese. Preocupou-se em fornecer material didático para o ensino da catequese e textos litúrgicos para que os padres e o povo tivessem em mãos os manuais de rezas, orações, cultores e funções litúrgicas. Com todo o zelo, atendia os trabalhos de editoração, atualmente fazendo traduções, transliterações e adaptações para que todos pudessem participar mais ativamente
nas celebrações litúrgicas de nosso rito, costumes e tradições, pois é por meio das celebrações litúrgicas que expressamos o nosso amor a Deus e manifestar a caridade com o próximo. Outra dedicação importante do padre Atanásio é na pastoral das famílias.
Visando o equilíbrio emocional e dando atendimento com bênçãos a quem o procura, desde o ano de 2001 até 2014 já visitou 1521 famílias na cidade e 1.294 famílias no interior, ultrapassando a três mil famílias atendidas.
Dentre importantes obras que realizou no interior, acompanhou toda a edificação da capela de Linha Dezembro, além de ter projetado e executado a construção do campanário de Marcondes, seguindo o projeto do antigo campanário existente na comunidade. Padre Atanásio sempre se dedicou às atividades
jornalísticas, sendo denominado de “a memória viva da paróquia”.
Graças às suas iniciativas, hoje temos um livro de memórias de toda a paróquia, envolvendo desde o início de sua construção, o qual será lançado dentro em breve, onde o padre registrou cada momento. Existem filmagens feitas por ele de históricos de atividades do seminário, da granja, e de atividades festivas, os quais estão registrados em documentários de vídeo, e que agora começam a ser analisados para elaboração de um futuro filme sobre a imigração e a história em Prudentópolis, podendo retratar passagens originais de quase meio século atrás, graças a iniciativa do Padre Atanásio. Uma referência que Padre Atanásio ganhou nos últimos vinte anos, se deu pelo amor ao seu veículo, um fusca verde, ano 1972, adquirido no ano de 1993, de um senhor que trabalhava na Rádio Esperança. Desde então, tem sido seu fiel companheiro para enfrentar asfalto, lama, poeira, buracos, dia e noite, pelo interior afora. Recebeu propostas para trocar por outro veículo, mas não aceitou, mesmo tendo de vir a pé por três vezes, quando o mesmo estragou. Recentemente, completou seu jubileu de ouro nas atividades religiosas, quando foi homenageado por
toda a comunidade.
Ouça aqui a entrevista.
Vera Lúcia Daciuk
Vera Lúcia Daciuk, é natural da cidade de Arapoti, região do norte pioneiro, onde viveu boa parte de sua infância, mudando-se posteriormente para Prudentópolis, para desenvolver seus estudos, ingressando no Colégio Imaculada Virgem Maria, no qual cursou até o antigo segundo grau hoje o Ensino Médio. Posteriormente, iniciou com sua vida profissional, passando a trabalhar no Hospital Sagrado Coração de Jesus, onde desenvolveu diversas atividades.
Conheceu o Sr. Tadeu Daciuk, com o qual se casou e dessa união tiveram 3 filhos, Jaqueline, Fábio e Gabrielly. Após trabalhar por algum tempo no hospital, optou por não trabalhar mais, dedicando-se aos afazeres domésticos e a cuidar dos filhos. Mas certo dia passando pela livraria Santa Marina ficou  admirando as inúmeras peças de pêssankas que estavam expostas na vitrine, e a tradição milenar, os traços e a beleza que esta arte envolve. Seus pensamentos e sua imaginação fluíram e pensou consigo mesma se esta seria uma das atividades que teria potencialidade para desenvolver e realizar, despertando seu talento
artesanal e o desejo de aprender a fazer esta arte.
Com ideia fixa em mente, procurou informações de como poderia iniciar com esse trabalho complexo e envolvente. Foi então que, em contato com a catequista Irene Muzeka, a qual agradece muito pela acolhida e atenção, pois deixou de seus afazeres para transmitir os primeiros traços, ou melhor, a fazer a sua primeira pêssanka. Após um longo e árduo trabalho para realizar os primeiros traços, os primeiros desenhos, combinar as cores com a simbologia, a obra concluída lhe deixou paralisada, tamanha a desenvoltura que havia obtido
nesta nova atividade, descobrindo enfim seu talento em trabalhar com as mãos. Mas ainda precisava dar um toque a mais, realizar uma pureza nos detalhes e aprimoramento nos acabamentos. Foi então que realizou um curso na escolinha com a catequista Filomena, a qual também agradece imensamente pela atenção e orientação dada, que lhe serviu para aplicar novas técnicas, fundamentais à nova profissão à qual se lançou, de artesã em pêssankas.
Hoje são mais de 21 anos dedicados com muito amor e carinho pela arte das pêssankas, esta arte milenar cheia de cores, e desenhos retratando sempre com uma mensagem de amor, saúde e prosperidade. Quando visitantes de outras localidades olham seu trabalho concluído, lançando olhares e comentários de admiração, ficando fascinados com os traços, cores e desenhos, Vera conclui que todo esforço, dedicação e aprendizado não foram em vão. Atualmente, integra a Cooptur - Cooperativa de Turismo do Paraná – com sede em Carambeí, onde faz a demonstração do seu trabalho, bem como o passo a passo das pêssankas para os cooperados de vários lugares.
Sempre vem sendo convidada para conceder entrevistas e matérias especiais para revistas, livros, muitas reportagens para televisão, tanto nacionais como internacionais, o que vem projetando sua arte até no exterior. Inclusive, neste ano fez uma matéria com a Rede Globo para o programa da Regina Casé, o qual ainda não foi ao ar. Inclusive, atendendo a convite de um padre, enviou à Fátima, cidade de Portugal diversas pêssankas para uma exposição, as quais receberam destaque de uma matéria para Hispan TV, uma televisão da Espanha e outra rede de tv do Irã. Outra entrevista foi dada por telefone para a Rádio
Câmara dos Deputados de Brasília, ao programa de rádio “Feijoada Completa” na Páscoa, e muitas outras, isto tudo focado na tradição milenar das pêssankas.
Em suas demonstrações, por várias vezes fui aplaudida em pé quando estava fazendo a limpeza ou melhor revelando a mágica da pêssanka, o que se tornou muito gratificante para sua pessoa, pois é algo que faz com muito gosto. Deixa o seu carinho e abraço a todos que valorizam e admiram esta arte, e a Deus pelo dom maravilhoso que lhe deu.
Ouça aqui a entrevista.
Vereador e presidente Julio Makuch explica como é feita a escolha dos homenageados.
Ouça aqui a entrevista.
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