quinta-feira, 27 de março de 2014

Acusado de matar 42 crianças é condenado a 108 anos



By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Terra Imagem: Divulgação


Considerado o maior assassino em série da história do Brasil, o mecânico de bicicletas Francisco das Chagas Brito foi condenado nesta quarta-feira a 108 anos e seis meses de prisão, em seu décimo primeiro julgamento. Somadas às outras penas, Francisco já foi condenado a 385 anos e seis meses de reclusão.

Nesta quarta-feira, Brito foi condenado pela morte de Raimundo Nonato da Conceição Filho, 11 anos; Eduardo Rocha da Silva, 10 anos; e Edivam Pinto Lobato, 12 anos. Os dois primeiros foram assassinados em um matagal na Vila Nova Jerusalém e o terceiro teve o corpo encontrado em uma construção na Vila São José, região conhecida como Maioba.

O júri acatou a tese do Ministério Público de que o mecânico teria cometido homicídio triplamente qualificado: motivo torpe, emprego de meio cruel e não possibilidade de defesa das vítimas. Chagas também foi condenado pelo crime vilipêndio (desrespeito) a cadáver, com pena de 6 anos e nove meses na soma dos casos.

De acordo com a acusação, a atuação de Francisco era semelhante em quase todos os casos: ele atraía as crianças para áreas de matagal com a falsa promessa de recompensas e praticava os crimes, que teriam ocorrido entre 1991 e 2002.

Desde 2004 o mecânico está preso no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, no Maranhão. Sua última condenação aconteceu na 1ª Vara de São José de Ribamar, em 2012, quando foi considerado culpado pelo assassinato, por afogamento em um brejo, de uma criança, de 9 anos, que teria sido convidada para apanhar buriti - fruto de uma palmeira nativa. 

Chagas responde por 25 processos, que tramitam na 1ª e 2ª varas de São José de Ribamar, na 1ª Vara de Paço do Lumiar e 9ª Vara Criminal de São Luís. Nas varas de São José de Ribamar existem 14 processos contra o mecânico e outros nove processos em Paço do Lumiar.

De acordo com o MP, o mecânico teria assassinado pelo menos 42 meninos: 30 moravam no Maranhão, na região da Ilha de São Luís, e 12 no Pará. Todas as vítimas tinham o mesmo perfil, com idade máxima de 15 anos e eram de famílias pobres.

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