quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Projeto financia CNH para jovens que se dedicarem ao ramo de transportes



By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Rádio Najuá Imagem: Divulgação


Para tentar solucionar dois problemas, o da falta de caminhoneiros, e o de jovens de baixa renda desempregados, interessados em trabalhar com transporte de cargas não precisarão pagar pela primeira Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A iniciativa é do Serviço Social do Transporte/Serviço Nacional de Aprendizagem (Sest/Senat) de Ponta Grossa.
O pré-cadastro deve ser feito no site do Sest/Senat. Podem se inscrever pessoas com idade entre 18 e 25 anos, e que saibam ler e escrever. O jovem também deve comprovar que tem renda familiar de até três salários mínimos. Em seguida, é necessário fazer os cursos de formação inicial oferecidos pela instituição. Por fim, o interessado precisa assinar um termo se comprometendo a continuar atuando no setor de transportes. Caso o jovem desista de trabalhar no ramo, ele é obrigado a devolver o valor pago pela habilitação.
O projeto arca com todos os custos da emissão da CNH, categoria B. Em seguida, a instituição disponibiliza cursos de formação específica para motoristas de caminhão e de ônibus, e ainda viabiliza a mudança de categoria da CNH de B para D e/ou E.  
Para o diretor do Sest/Senat de Ponta Grossa, Francisco Valério Junior, o projeto pode ajudar a resolver o problema a médio prazo. “A nossa intenção é suprir o déficit de profissionais no mercado de trabalho do ramo de transporte. A carência de mão-de-obra qualificada na área tem prejudicado também outros setores importantes da economia”, diz.
Iniciativa atrasada
O diretor administrativo do Sindicato das Empresas de Carga de Ponta Grossa (Sindiponta), Amauri Manosso, reconhece a importância do projeto, mas acredita que a iniciativa está atrasada e deveria ter sido tomada há cinco ou seis anos. “Nós já sofremos com o déficit de motoristas. Os jovens que participarem do projeto só estarão prontos daqui a três anos, no mínimo. E ainda não vão ter nem experiência”, declara.
Segundo Manosso, é praticamente impossível que empresas, por exemplo, contratem motoristas inexperientes para dirigirem caminhões que custaram caro. “Ainda mais se as viagens forem longas e por trajetos complicados. Sem experiência não dá”, explica. O proprietário de uma transportadora de Ponta Grossa, Maurício Bevervanço, afirma que, embora a média de idade dos motoristas tenha diminuído, a empresa opta por não contratar motoristas sem prática.
Hoje, segundo Manosso, o Brasil tem um déficit de aproximadamente 100 mil motoristas de caminhão. Embora não existam dados sobre a situação em Ponta Grossa, ele conta que as transportadoras da cidade têm deixado, inclusive, de comprar caminhões por causa da falta de motoristas.
O diretor do Sindiponta acredita ainda que a produção maior de caminhões, a falta de interesse dos jovens em seguir a carreira de caminhoneiro, o estresse e o perigo da profissão são os principais motivos da falta de motoristas. “Se houvesse 100 caminhoneiros procurando emprego hoje, em Ponta Grossa, todos teriam emprego garantido”, acredita.
 
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