quinta-feira, 9 de maio de 2013

Maurício Ramos do Palmeiras e demais jogadores vão doar camisas para ajudar Nathan



By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Rodrigo Zub (Radio Najua) Imagem: Agito Irati

Paulista de Piracicaba, Maurício Donizete Ramos Júnior, adotou Irati como sua morada. Na cidade, o atual dono da camisa 4 do Palmeiras constituiu sua família e conheceu sua esposa Rosani. Como atleta, ele iniciou a carreira no futebol vestindo a camisa do Azulão entre 2004 e 2006 quando conquistou o carinho do torcedor iratiense. Como forma de retribuir todo esse amor, o zagueiro marcou um golaço fora de campo.
Sensibilizado com o drama sofrido pela família de Nathan Willian Patrzyk, de 8 anos, diagnosticado com distrofia muscular de Duchenne, doença que não tem cura, Maurício Ramos resolver doar uma camisa oficial do Palmeiras para o menino. O uniforme será leiloado durante um evento beneficente, que será realizado para angariar fundos para o tratamento com células tronco, que o garoto irá realizar em um hospital tailandês, com tecnologia chinesa.
A reportagem da Najuá entrou em contato com o zagueiro palmeirense para conversar sobre o assunto. Maurício Ramos relatou que ficou sabendo do caso de Nathan, por meio de uma professora, que é comadre de sua esposa Rosane de França Ramos, natural de Irati. Depois disso, a própria Rosane entrou em contato com amigos e familiares do menino por meio das redes sociais e encaminhou a camisa do zagueiro para os pais de Nathan.
Ajuda de outros atletas
Maurício diz que já entrou em contato com outros colegas de profissão para ajudar na campanha. Um dos atletas que também aderiu ao movimento foi o volante Wesley, companheiro de clube de Maurício Ramos. Ele também encaminhou uma camisa do clube para a família do garoto. Outros jogadores, amigos de Maurício que devem ajudar são o meio-campista, Marcos Assunção (Santos), e Luis Fabiano, atacante do São Paulo. Ambos prometeram enviar camisas dos seus clubes para serem leiloadas em benefício do tratamento de Nathan.  
Cura
O zagueiro diz que a ajuda não significa nada em comparação ao sofrimento da família. Ele relata que procurou ajudar entidades de Irati, no período que permaneceu na cidade.  “Quando estive em Irati sempre ajudei o próximo tanto o orfanato, o lar dos velhinhos. O sofrimento do Nathan mexeu comigo e a minha esposa. Temos uma filha e sabemos da dificuldade que os pais têm passando com uma notícia dessa e por ser uma doença rara. Essa ajuda foi uma coisa pequena. Peço a deus que cure o Nathan”, disse.
Maurício Ramos pede para que todos ajudem o menino e aguarda com expectativa pelo tratamento. Ele comenta que espera ver Nathan curado e sem dificuldades de locomoção num futuro próximo. “Esperamos que ele possa se curar e dar a volta por cima. Estamos na torcida e esperamos que todos os pais colaborem de alguma forma”, solicita.
Passagem no Iraty
O atleta chegou à cidade de Irati em 2004, quando ingressou nas categorias de base do clube. No ano seguinte, foi integrado ao time profissional e fez parte do elenco campeão da Copa Tribuna de Juniores (Sub-20). Em 2006, atuou no campeonato paranaense pelo Iraty. Depois das boas atuações foi negociado com o São Caetano/SP. No clube do ABC, o zagueiro foi vice-campeão paulista em 2007 após seu clube ser derrotado pelo Santos, na decisão da competição.
Em seguida, ele foi vendido para o Coritiba, onde foi titular na campanha que culminou com o título do Campeonato Paranaense 2008. Depois o zagueiro conseguiu uma transferência com o Palmeiras em 2009. Titular desde sua chegada no alviverde, Maurício Ramos atuou mais de 100 vezes no clube. No ano passado viveu duas realidades. Foi campeão da Copa do Brasil e logo em seguida sofreu com a queda do time para a 2ª divisão do Campeonato Brasileiro.
Ligação com o clube e a cidade
Mesmo morando em São Paulo, Maurício não esquece as raízes e os familiares iratienses. Ele afirma que aproveita os períodos de folga no clube paulista para visitar o sogro, a sogra e os amigos em Irati. “Quando tenho uma folguinha pego meu carro rápido e vou para Irati”, confirma.
O zagueiro diz que observa com tristeza o fato do Iraty ter encerrado as atividades do futebol profissional. Prata da casa, Maurício espera que um novo investidor possa custear as despesas do clube para que a equipe retorne ao cenário do futebol nacional. “A gente fica triste acabar o futebol profissional da cidade. O Iraty sempre revelou jogadores e é bem conhecido por isso. Ele não pode acabar simplesmente. Torcemos para aparecer um investidor de fora e até que a prefeitura possa investir para retomar as atividades”, destaca.
Momento do Palmeiras
Sobre o momento do Palmeiras, Maurício Ramos afirma que a primeira dificuldade neste ano foi trazer o torcedor do lado dos jogadores. A relação entre ambos ficou estremecida após o rebaixamento. O zagueiro comenta que o time tem mostrando determinação, garra e vontade dentro de campo, fatores que retomaram o orgulho dos palmeirenses. “Não é um time de estrelas, mas estamos crescendo e criando uma identidade dentro do Palmeiras. Muitos atletas eram reservas ou não atuavam em outros clubes e estão mostrando seu valor. Todos têm fome de vencer. Isso fortalece quem quer vencer. Todos estão correndo e estão sendo reconhecido pelos torcedores e imprensa, que falava muitas coisas ruins do clube”, destaca.
Maurício revela que o time demonstra condições de seguir vivo em busca do bicampeonato da Copa Libertadores da América. Na terça-feira, 14, o Palmeiras recebe o Tijuana do México, na partida de volta da fase Oitavas de Final. Se vencer o clube garante vaga entre os oito melhores times do continente. “Nosso time está focado para ir mais longe possível na libertadores e retornar para a 1º divisão. Conquistamos nosso torcedor novamente. Na terça-feira, o teremos o Pacaembu lotado. Cerca de 35 mil torcedores devem comparecer ao jogo”, diz, se referindo ao jogo contra a equipe mexicana.
Críticas
Sobre as atuações ruins no fim de 2012, o zagueiro comenta que as críticas serviram de aprendizado. “Só fortalece. Caso não tivesse pressão na vida não estaria no Palmeiras. As pessoas me cobraram o que eu posso dar de melhor para o clube. O fim de ano foi complicado, mas tudo de bom ou ruim faz crescer, fortalecer, e junto com minha esposa junto dando moral conseguimos melhorar. Altos e baixos existe em sua empresa e no meu trabalho, mas o ser humano pode dar a volta por cima e levantar mais uma vez”, enaltece.
Veja a entrevista feita com Nathan:



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