segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Deputados do Paraná trocam acusações de corrupção e pistolagem

By: INTERVALO DA NOTICIAS

Na sessão desta segunda-feira (15), na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), o deputado Cleiton Kielse (PEN) afirmou ter provas de que as concessionárias que administram as rodovias sob pedágio no estado são usadas para lavar dinheiro. As declarações de Kielse também acusaram o presidente da Casa, deputado Valdir Rossoni (PSDB) e o deputado Ney Leprevost (DEM), de se beneficiarem com o dinheiro das empresas. De acordo com Kielse, ambos os deputados ajudaram a dificultar os trabalhos de investigação das empresas. Para ele, Rossoni, Leprevost e outros deputados e funcionários da Alep possuem ligações muito estreitas com as concessionárias. “Eu peguei 29 assinaturas dos parlamentares. E, no momento em que nós falamos, só falamos, não pedindo a instalação, a primeira palavra do presidente [Rossoni] é que teria que preservar esta Casa. Preservar de que?”, indaga Kielse. Na tribuna, Rossoni rebateu as acusações e negou que esteja ligado com qualquer dono de empresas concessionárias. Para ele, as declarações de Kielse só foram feitas porque a Assembleia está às vésperas de uma eleição para a Mesa Diretora. “O que me estranha é que venha bem antes das eleições. Amanhã (16), nós teremos eleições para presidente da Casa e a Comissão Executiva”, afirmou Rossoni.
Leprevost se defende
Já Leprevost, que foi acusado de ter tirado a assinatura de um pedido para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), porque parte da campanha teria sido financiada por uma concessionária, respondeu às palavras de Kielse com denúncias contra o acusador. Ele afirmou, que só tirou a assinatura porque acreditou que Kielse usaria a CPI para macular a imagem das empresas. “O deputado Cleiton Kielse é achacador. É um bandido dentro do Poder Legislativo. Deve ser cassado. Eu estou pedindo imediatamente proteção da Polícia Federal porque temo pela minha vida e pela vida da minha família”, disse Leprevost, que também afirmou que a história da família de Kielse é “tenebrosa” e “envolvida com ‘pistolagem’”. Apesar de se defender das acusações, Leprevost confirmou que recebeu dinheiro das empresas para a campanha como deputado. “São pessoas que me apoiaram não por causa de concessionária de pedágio, mas porque acreditam nas minhas propostas. São pessoas que têm uma amizade familiar, um vínculo familiar estreito comigo” lembrou.
Denúncias contra empresas
No relatório divulgado por Kielse, ele afirma que as concessionárias foram usadas para a lavagem de dinheiro. Outra acusação é de que as empresas superfaturam as obras e manipulam os balanços financeiros, com o objetivo de conseguir sucessivos aumentos nas tarifas de pedágio. Ainda de acordo com o deputado, nos últimos 14 anos, as empresas arrecadaram com o pedágio R$ 14 bilhões. Desse dinheiro, R$ 2 bilhões teriam sido usados em investimentos nas rodovias.

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